A CPMI do INSS ouviu nesta semana um depoimento que colocou novamente em evidência suspeitas envolvendo Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e o empresário conhecido como Careca do INSS. De acordo com a testemunha ouvida pela comissão, Lulinha receberia uma mesada mensal de 300 mil reais paga pelo operador do suposto esquema de fraudes na Previdência.
O depoente também afirmou que os repasses teriam alcançado cerca de 25 milhões de reais ao longo do período investigado. Segundo o relato, Lulinha e o empresário mantinham relação próxima, incluindo viagens em comum para dentro e fora do país. Essas informações reforçaram questionamentos sobre a extensão da ligação entre ambos e sobre a influência política envolvida no caso.
Apesar das acusações, não há até o momento comprovação material apresentada pela comissão que confirme a origem dos valores, o vínculo financeiro formal entre as partes ou eventual participação direta de Lulinha em irregularidades. A base governista na CPMI também barrou pedidos de convocação do filho do presidente para prestar depoimento, o que ampliou críticas da oposição e de setores que defendem aprofundamento das investigações.
O episódio reacende o debate sobre transparência no uso de recursos públicos e responsabilidade de agentes políticos e seus familiares. A CPMI continua analisando documentos e depoimentos, enquanto cresce a pressão para que a apuração prossiga de forma completa e sem interferências.


