O ex-deputado federal Raul Henry se manifestou publicamente nesta segunda-feira (27) sobre a vitória que consolidou sua permanência na presidência do MDB de Pernambuco. Em um texto duro, publicado em suas redes sociais, Henry defendeu a legitimidade da decisão da maioria do partido na convenção estadual do último sábado (25) e rebateu, sem citar diretamente nomes, críticas vindas do grupo liderado por Fernando Dueire e Jarbas Vasconcelos Filho, o “Jarbinhas”.
“Em todas as minhas falas públicas, antes da Convenção Estadual do MDB-PE, afirmei que o que estava em jogo nesta disputa era a linha política do partido. Defendi, com toda clareza, a manutenção da nossa aliança com o PSB. Nela, construímos uma relação de lealdade, companheirismo e parceria”, escreveu Henry.
O atual presidente estadual do MDB destacou que foram frutos dessa aliança os mandatos de Jarbas Vasconcelos no Senado — hoje ocupado por Fernando Dueire, seu suplente — e de Jarbinhas na Assembleia Legislativa, que mesmo eleito pelo PSB, retornou ao MDB com uma carta de anuência inédita. A menção foi interpretada como uma crítica velada a Jarbas Filho, que tentou tomar o controle do partido ao lado de Dueire.
Raul Henry foi direto ao rechaçar as acusações de autoritarismo após a derrota do grupo opositor:
“Se a maioria do partido, por meio de sua convenção — que é o órgão máximo das suas bases — decidiu por essa linha, que autoritarismo há nisso? Nós vencemos no voto, e o voto é o principal instrumento da vida democrática.”
Sem citar nomes, mas apontando claramente para Fernando Dueire, Henry ainda acusou o senador de articular nos bastidores para entregar o MDB à governadora Raquel Lyra, em troca de espaço político:
“O que o senador queria, na realidade, era entregar a legenda do partido à governadora Raquel Lyra, em troca de uma vaga de senador em sua chapa, apesar da sua reconhecida inviabilidade.”
Na sequência, Raul lamentou o que chamou de “palavras ressentidas” do senador, afirmando que Dueire “nunca teve um voto” e não consegue ultrapassar a marca de 1% nas pesquisas de intenção de voto.