A prefeita de Jupi, no Agreste de Pernambuco, Rivanda Freire (PSD) declarou nesta terça-feira apoio à pré-candidatura do João Campos (PSB) ao governo do estado em 2026, abandonando o apoio à Raquel Lyra (PSD). A mudança causou forte repercussão política na região.
Rivanda justificou a mudança como uma decisão pautada no interesse de Jupi e do interior de Pernambuco, afirmando ter “confiança no trabalho da gestão recifense” e acreditar que João Campos pode “dar um novo rumo a Pernambuco”, com intervenções mais efetivas para municípios como o dela.
Reações de lideranças locais
Logo após o anúncio, vereadores e lideranças comunitárias de Jupi manifestaram apoio à decisão da prefeita. Um líder comunitário local declarou que a mudança “traz esperanças de mais investimentos para a região do Agreste” e que João Campos, com seu histórico de gestão municipal, poderia entender melhor as necessidades do interior. Outro político amigo da prefeita afirmou que o rompimento evidencia um alerta à condução da política partidária no estado, sugerindo que “os partidos precisam ouvir mais os municípios menores”.
Por outro lado, simpatizantes de Raquel Lyra na região demonstraram preocupação com o enfraquecimento da base de apoio à sua pré-candidatura no interior. Alguns afirmam que a saída de Jupi — um município antes alinhado à base de Raquel — pode influenciar outros prefeitos e lideranças locais a reverem seus posicionamentos.
Impacto no cenário de 2026
Com o apoio de Rivanda Freire, a base eleitoral de João Campos no interior de Pernambuco se fortalece. Isso sugere que a disputa pelo governo do estado poderá não se concentrar apenas nos grandes centros urbanos ou na Região Metropolitana do Recife — o interior, tradicionalmente importante, ganha papel de destaque nesta eleição.
Para Raquel Lyra, a perda de um apoio simbólico e real no Agreste representa não apenas desgaste político, mas um alerta de que sua liderança não é inconteste nem dentro de seu próprio partido. Se mais prefeitos seguirem esse caminho, sua pré-candidatura pode enfrentar dificuldades crescentes para mobilizar o interior.
Para João Campos, o reforço de lideranças do interior pode ser decisivo para ampliar seu apelo em todo o estado, construindo uma frente competitiva que una periferia urbana e municípios do interior, especialmente em regiões historicamente negligenciadas.
