Recife, 29 de maio de 2025 – Eleições Brasil Sertão
O Governo de Pernambuco decretou situação de emergência na saúde pública devido ao aumento expressivo da ocupação de leitos de UTI pediátricos em todo o estado. A decisão foi publicada no Diário Oficial nesta quarta-feira (28), após o sistema hospitalar registrar taxas superiores a 90% de ocupação nos leitos destinados a crianças.
A medida autoriza a adoção de providências administrativas emergenciais para ampliar a oferta de leitos, acelerar a contratação de profissionais e aquisição de equipamentos, além de permitir remanejamento de recursos para enfrentar o cenário crítico nas unidades de saúde.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o aumento da demanda está relacionado à alta circulação de vírus respiratórios, como o vírus sincicial respiratório (VSR) e o influenza, que afetam principalmente crianças com menos de 5 anos. Nos últimos 30 dias, a rede pública estadual recebeu mais de 800 crianças com quadros graves de insuficiência respiratória.
“Estamos enfrentando um momento de sobrecarga do sistema pediátrico, com ocupação muito acima do suportável. A situação exige medidas rápidas e articuladas para evitar o colapso na assistência”, declarou a secretária de Saúde de Pernambuco, Zilda Cavalcanti.
Com o decreto, o governo também poderá celebrar convênios com instituições privadas para utilizar leitos disponíveis em hospitais conveniados e filantrópicos. Municípios como Caruaru, Petrolina, Garanhuns e Araripina já sentem o impacto da superlotação, com relatos de pacientes aguardando regulação em unidades de pronto atendimento.
A Defensoria Pública e o Ministério Público de Pernambuco acompanham a situação e devem cobrar transparência na execução dos recursos emergenciais, bem como fiscalização das novas contratações.
A situação deve permanecer sob monitoramento por tempo indeterminado. A recomendação do governo é que pais e responsáveis reforcem medidas de prevenção, como vacinação, higiene das mãos e atenção aos primeiros sinais de dificuldade respiratória em crianças.
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Texto: Redação Sertão / Foto: Arquivo SES-PE