O empresário e influenciador digital Pablo Marçal foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por uso de documento falso durante a campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, em 2024. Segundo a Promotoria, Marçal teria apresentado um laudo falso com o objetivo de atingir politicamente o então candidato Guilherme Boulos (PSOL), que disputava a eleição com apoio da federação PT-PSOL-PCdoB.
De acordo com a denúncia, o laudo forjado buscava associar Boulos a práticas ilícitas e foi divulgado durante o período eleitoral por meio das redes sociais de Marçal, que também era pré-candidato à prefeitura, mas teve sua candidatura barrada.
O Ministério Público afirma que o documento não tinha qualquer validade jurídica e que foi produzido com o intuito de induzir o eleitorado ao erro, caracterizando crime previsto na legislação eleitoral. A promotoria pede que Marçal responda judicialmente pelo uso de documento falso com finalidade eleitoral, o que pode resultar em penas que incluem multa e até reclusão, caso seja condenado.
A defesa de Pablo Marçal ainda não se manifestou oficialmente sobre a denúncia. Guilherme Boulos, por sua vez, declarou em nota que “a tentativa de fraude mostra o desespero de setores que não aceitam o avanço das forças populares na política”.
O caso reacende o debate sobre a disseminação de desinformação nas eleições e o uso de estratégias ilegais para influenciar a opinião pública durante o processo democrático. A Justiça Eleitoral deve analisar a denúncia nas próximas semanas.