A ex-deputada federal Marília Arraes continua no centro das especulações sobre sua possível candidatura ao Senado em 2026. A informação de que ela estaria sendo sondada por aliados da governadora Raquel Lyra (PSDB), publicada inicialmente pelo Blog do Ricardo Antunes, segue movimentando os bastidores da política pernambucana — e até agora, Marília não desmentiu publicamente o conteúdo da reportagem, principalmente sobre uma possível aproximação com a governadora.
O Portal Eleições Brasil Sertão havia publicado uma matéria repercutindo o conteúdo e as implicações dessa possível reviravolta. Poucas horas depois, recebemos uma mensagem via direct do senhor André Cacau, esposo de Marília e um dos nomes influentes na articulação política do Avante em Pernambuco, solicitando a exclusão da publicação, sob a justificativa de que se tratava de “difamação” e que medidas judiciais seriam tomadas contra o blog que publicou a informação inicialmente.
Contudo, para surpresa da nossa equipe, o próprio André Cacau apagou a mensagem pouco tempo depois. O portal então entrou em contato para esclarecer a situação e entender o motivo da exclusão do pedido, mas, até o momento, não houve resposta.
Nos bastidores, fontes próximas a lideranças do PSDB e do Avante indicam que Marília estaria de fato insatisfeita com a indefinição sobre a vaga ao Senado dentro do grupo do prefeito do Recife, João Campos (PSB). Com a forte concorrência de nomes como o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), e o atual senador Humberto Costa (PT), a ex-deputada tem receio de ser preterida na construção da chapa majoritária da Frente Popular.
A possibilidade de composição com Raquel Lyra, adversária direta de Marília no segundo turno das eleições de 2022, é vista por muitos como improvável, mas politicamente estratégica. Se confirmada, essa reaproximação seria um verdadeiro terremoto político em Pernambuco e escancararia um possível racha na frente de esquerda.
Até que Marília ou sua assessoria se pronunciem de forma oficial, o silêncio permanece como combustível para as especulações — e o jogo político de 2026 segue aberto, com peças se movendo de forma surpreendente.



