O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) assumirá o cargo de ministro-chefe da Secretaria‑Geral da Presidência da República, substituindo o ministro Márcio Macêdo.
A nomeação, segundo nota oficial do Palácio do Planalto, deverá ser publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira.
Motivos e contexto
A troca é interpretada como uma manobra estratégica do governo para reforçar os laços com movimentos sociais e a militância da esquerda, especialmente à luz das eleições de 2026.
A Secretaria-Geral da Presidência é considerada uma pasta próxima ao presidente, responsável pela interlocução com organizações da sociedade civil e por articular a participação social no governo.
Quem é Guilherme Boulos
Guilherme Boulos tem 43 anos e se tornou uma liderança conhecida no ativismo urbano e na política de esquerda brasileira.
Formado em Filosofia pela USP, com mestrado em Psiquiatria, ele ganhou grande visibilidade como coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem‑Teto (MTST) e, em 2022, foi eleito deputado federal por São Paulo com mais de 1 milhão de votos.
Desafios e expectativas
Agora no ministério, Boulos terá a missão de ampliar o diálogo do governo com as bases sociais que por vezes apontavam que suas demandas não vinham sendo plenamente atendidas. Essa será uma prova de fogo para sua articulação política dentro do executivo e junto aos movimentos.
Por outro lado, a nomeação sinaliza para o eleitorado de esquerda que o governo busca renovação e reforço de engajamento popular. Dependendo da eficácia dessa movimentação, o impacto poderá se refletir no cenário eleitoral futuro.
Conclusão
A chegada de Boulos ao gabinete mostra que o governo Lula está disposto a reconfigurar alianças e reposicionar sua articulação política e social. Resta observar como essa mudança se traduzirá em ação concreta — e como será recebida por diferentes segmentos da sociedade e da base governista.



