Com uma ampla vantagem nas pesquisas de opinião até o momento, o PSB trabalha para alavancar ainda mais a popularidade do prefeito João Campos no cenário político de Pernambuco. Agora, em maio, o partido pretende usar as inserções partidárias na mídia para projetar João como a principal liderança do estado e, gradualmente, colocá-lo como um nome de destaque nacional, já que ele também passa a ter influência na condução do próprio partido.
A avaliação interna é de que João Campos não precisa percorrer o estado inteiro para se tornar conhecido. Por isso, a pré-campanha será tocada inteiramente pelo PSB, evitando críticas de que ele estaria deixando a Prefeitura do Recife para focar na campanha de 2026. Toda a articulação será responsabilidade do partido. Como dizia Miguel Arraes, “este era a hora de identificar os “terraços” que se tinha em cada cidade” — ou seja, as lideranças locais com força de mobilização.
Nos bastidores, aliados de João Campos também minimizam as ações recentes da governadora Raquel Lyra, que tem prometido convênios com prefeituras para obras de valores entre R$ 20 e R$ 30 milhões. Uma liderança experiente do PSB comentou que a estratégia será posicionar Raquel como “menor do que o cargo que ocupa”, já que, passados dois anos de gestão, ela ainda não conseguiu deixar uma marca clara no estado. “A gente vê muito ensaio e pouco desfile”, ironizou Pedro Campos em Brasília, falando em tom de prefeito.
Outra liderança, mais ousada, comentou reservadamente que a “cadeira estaria frouxa” para a governadora — uma provocação direta. Segundo aliados do PSB, Raquel teria perdido a gordura política conquistada no início do mandato, ao tentar sustentar uma narrativa de que o estado estaria quebrado, sem apresentar avanços concretos.
Nos bastidores da oposição, também se observa ansiedade por parte de Raquel, que teria se lançado precocemente na pré-campanha: em um mês, houve sua filiação ao PSD e, em seguida, a entrada de vários prefeitos aliados na mesma sigla — dois movimentos eleitorais consecutivos.
No que diz respeito à movimentação do dia a dia, os socialistas dizem, ao menos publicamente, não se incomodar com a nova oposição ao PSB no Recife, que tem feito fiscalizações em postos de saúde. Para os “soldados” mais próximos do partido, a população já conhece os problemas e não precisa de um vereador específico para apontá-los. Mas… a conferir mais à frente, né?



