O cenário político em Vitória (ES) ganhou contornos de escândalo nesta semana após o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) ser flagrado em clima de intimidade com sua vice-prefeita, Cris Samorini (PP), durante um show da banda Calcinha Preta, em um evento festivo no estado do Piauí. O episódio ganhou grande repercussão nas redes sociais e gerou forte repercussão nos bastidores políticos capixabas.
O prefeito, que é casado com a promotora de Justiça Paula Almeida, participou da viagem após comparecer ao Encontro Maranhense de Controle, evento oficial realizado pelo Tribunal de Contas do Maranhão, entre os dias 7 e 9 de maio, em São Luís (MA). Logo após o compromisso institucional, ele seguiu para o evento recreativo, onde foi gravado em um momento descontraído e próximo de Samorini, o que levantou suspeitas sobre um possível caso extraconjugal.

Cris Samorini, antes de assumir o cargo de vice-prefeita de Vitória, presidia a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), tendo renunciado à liderança da entidade para integrar a chapa de Pazolini nas eleições municipais. A aproximação entre os dois agora volta aos holofotes, mas por motivos alheios à política administrativa.

O caso gerou questionamentos não apenas sobre a conduta pessoal de ambos, mas também sobre o uso de agendas públicas e viagens oficiais que se estendem para fins particulares. A repercussão levanta dúvidas sobre os impactos dessa exposição na imagem do prefeito, que vinha sendo cotado como um nome forte para futuras disputas estaduais.
Até o momento, nem o prefeito Lorenzo Pazolini nem a vice-prefeita Cris Samorini se pronunciaram oficialmente sobre o ocorrido. Também não houve manifestações públicas por parte do Ministério Público ou de Paula Almeida, esposa do prefeito.
A oposição já sinaliza que poderá explorar o caso, que mistura vida pública e privada, na corrida eleitoral que se aproxima. O episódio coloca em xeque não apenas a imagem do gestor, mas também as articulações políticas envolvendo Republicanos e PP no Espírito Santo.