Decisão foi confirmada em pronunciamento do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que citou precedente de 2015
Brasília, 16 de setembro de 2025 – Em um movimento político articulado dentro do PL, a deputada Caroline De Toni (PL-SC) abriu mão da liderança da minoria na Câmara dos Deputados para que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assumisse o posto. A mudança garante ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro o benefício de não precisar justificar faltas em plenário, preservando seu mandato mesmo em meio a ausências prolongadas.

A decisão foi confirmada nesta terça-feira pelo líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que destacou existir um precedente de 2015 assegurando que líderes partidários não precisam justificar faltas. “Não se trata de privilégio, mas de prerrogativa regimental já aplicada em outras situações”, disse Cavalcante.
Eduardo Bolsonaro, que atualmente está nos Estados Unidos e se apresenta como exilado político, vinha acumulando ausências que poderiam levá-lo à perda de mandato. Com a nova condição, ele poderá inclusive votar remotamente, sem risco de ser penalizado pelo excesso de faltas.
Para aliados, a manobra demonstra unidade do PL em defesa do parlamentar, além de reforçar a força da oposição no Congresso. Já críticos avaliam que a decisão fragiliza as regras de presença obrigatória, abrindo espaço para exceções que podem ser contestadas judicialmente.
A presidência da Câmara ainda deve definir os detalhes da atuação remota, mas a nomeação de Eduardo como líder da minoria já é considerada uma vitória política do bolsonarismo no Legislativo.



