Um cenário de conflito diplomático entre o governo brasileiro e grandes potências ocidentais pode trazer impactos econômicos severos já em 2026. A possibilidade de imposição de tarifas de até 50% por parte dos Estados Unidos e 100% por países da OTAN sobre produtos brasileiros levanta alertas no mercado e entre especialistas. As medidas seriam uma retaliação à postura do presidente Lula em relação à política externa, especialmente se o Brasil aprofundar alianças com blocos como BRICS+ em detrimento das relações comerciais com o Ocidente.
Caso esse cenário se concretize, o Brasil pode viver uma crise econômica com proporções que remetem aos piores momentos da história recente. A primeira consequência imediata seria a queda drástica nas exportações, principalmente de commodities como carne, soja, café, ferro, aço e calçados. Esses produtos perderiam competitividade nos mercados globais, reduzindo a entrada de dólares no país e pressionando o câmbio.

A crise também afetaria o crédito e o consumo. Com o objetivo de conter a inflação e atrair investidores, o Banco Central teria que elevar a taxa Selic para patamares entre 15% e 18% ao ano. O resultado seria menos crédito, retração do consumo e aumento do desemprego, que poderia chegar a até 13% da população economicamente ativa.
Outro efeito colateral seria a fuga de investimentos estrangeiros. Empresas multinacionais poderiam repensar sua presença no país diante da instabilidade econômica e do isolamento diplomático. Além disso, projetos em infraestrutura, tecnologia e agronegócio sofreriam cortes ou cancelamentos.
Em termos de crescimento econômico, o Brasil poderia passar de um cenário de tímida recuperação, com PIB projetado em torno de 1,8% para 2025, para uma recessão entre -0,5% e -2,0% já em 2026.
Esse quadro hipotético reforça a importância da diplomacia comercial e da estabilidade institucional para o desempenho da economia. Analistas ouvidos pelo portal alertam que o Brasil, mesmo com autonomia em algumas cadeias produtivas, depende fortemente do comércio internacional e da confiança dos mercados globais. O rompimento com potências como EUA, Alemanha, França e Reino Unido traria consequências que não se limitariam apenas à balança comercial, mas atingiriam diretamente o cotidiano da população brasileira.
Por enquanto, o governo brasileiro evita confirmar qualquer endurecimento nas relações com o Ocidente. No entanto, o tom adotado em fóruns internacionais e as alianças reforçadas com países como China, Rússia e Irã são acompanhados de perto pelos setores produtivos e financeiros, que temem uma guinada que possa custar caro para o Brasil nos próximos anos.