O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico no episódio conhecido como “Pintou um Clima”, envolvendo a participação de jovens influenciadores em um evento no Palácio da Alvorada durante o período eleitoral de 2022.
A decisão, tomada nesta quinta-feira (24), amplia a lista de condenações do ex-chefe do Executivo e fortalece os obstáculos para uma eventual tentativa de retorno à disputa eleitoral.
Segundo o entendimento da maioria dos ministros do TSE, o então presidente utilizou a estrutura oficial da Presidência da República e recursos públicos para promover sua imagem junto a um público jovem, em um evento com forte apelo eleitoral, transmitido nas redes sociais. O caso foi considerado uma violação das regras que regem a igualdade de oportunidades entre os candidatos durante a eleição.
Com essa nova condenação, Bolsonaro acumula mais um processo com desfecho desfavorável na Justiça Eleitoral, reforçando o seu status de inelegível até 2030, conforme determina a legislação.
A defesa do ex-presidente afirmou que vai recorrer da decisão e negou qualquer intenção eleitoral no evento, classificando a iniciativa como um “encontro informal com apoiadores”.
O caso “Pintou um Clima” é um dos vários processos enfrentados por Jair Bolsonaro em diferentes esferas da Justiça, tanto eleitorais quanto criminais, e se soma ao cenário de incerteza sobre seu futuro político.
Nos bastidores, lideranças do PL e aliados próximos seguem avaliando estratégias para manter o capital político de Bolsonaro ativo, mesmo diante do cerco jurídico.
A condenação marca mais um capítulo de tensão entre o ex-presidente e o TSE, que desde 2022 vem sendo alvo constante de críticas por parte de Bolsonaro e de seus apoiadores.