O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (24) a prisão imediata do ex-presidente Fernando Collor de Mello, condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A decisão veio após a rejeição de um recurso da defesa que foi considerado protelatório. O processo está ligado a um esquema de corrupção envolvendo a BR Distribuidora, no qual Collor teria recebido R$ 20 milhões em propinas entre 2010 e 2014 em troca de favorecimentos em contratos da estatal.
O ex-presidente, que também foi senador por Alagoas até 2023, foi o primeiro chefe do Executivo a sofrer um processo de impeachment no Brasil, em 1992. Ele retornou à vida pública anos depois, sendo eleito senador em 2006.
A defesa afirmou ter sido surpreendida com a decisão, mas declarou que Collor irá se apresentar voluntariamente à Justiça para o cumprimento da pena.
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, convocou uma sessão virtual extraordinária para esta sexta-feira (25), entre 11h e 23h59, com o objetivo de referendar a decisão de Moraes.
A prisão de um ex-presidente da República por corrupção reforça o peso simbólico e institucional da decisão e reacende o debate sobre impunidade e justiça no Brasil.



