A Agência Nacional de Vigilância Sanitária registra um número crescente de denúncias relacionadas a suplementos alimentares. Atualmente, cerca de metade das queixas enviadas ao órgão envolve produtos desse segmento, que movimenta um grande mercado e, ao mesmo tempo, traz risco quando há adulterações. Entre os itens mais investigados estão o whey protein e o ômega 3.
No Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, um dos principais laboratórios públicos do país, a análise de suplementos em cápsulas e em pó faz parte da rotina diária. As equipes encontram com frequência substâncias que não deveriam estar presentes nos produtos. A média de irregularidades varia de 10 a 20 por cento das amostras testadas. No caso do whey protein, a fraude mais comum é a substituição parcial da proteína por amidos. Já no ômega 3, o índice de amostras adulteradas chega a aproximadamente 20 por cento.
Os especialistas alertam que o consumo de suplementos sem controle pode colocar em risco a saúde dos usuários. Além disso, reforçam que fraudes comprometem a eficácia dos produtos e enganam consumidores que buscam resultados específicos. A Anvisa recomenda atenção às marcas, ao registro e à procedência, além de denunciar sempre que houver suspeita de falsificação ou propaganda enganosa.



