A movimentação política da ex-prefeita de Santa Cruz e pré-candidata a deputada federal, Eliane Soares, vem chamando atenção pelo que muitos classificam como incoerência em sua postura.

Há alguns meses, Eliane recebeu da governadora Raquel Lyra o convite para assumir o cargo de assessora especial da Casa Civil, um gesto de aproximação e reconhecimento político. Apesar do prestígio que o convite representava, Eliane não aceitou o cargo. Mesmo assim, circulou ao lado da governadora em agendas, participou de debates, registrou fotos públicas e deu sinais de alinhamento.

No entanto, em mais uma guinada no seu posicionamento, Eliane agora aparece ao lado do prefeito do Recife, João Campos, dando a entender que seu apoio pode ser transferido de acordo com o cenário mais vantajoso para sua pré-candidatura.

Essa postura levanta críticas e dúvidas sobre qual é, de fato, o projeto político de Eliane Soares. O que se vê é uma espera calculada pelo “melhor momento” para decidir de que lado ficará, em vez de assumir uma posição firme e coerente desde o início.


Num cenário em que os eleitores clamam por clareza, coerência e compromisso real com ideias e projetos, movimentos como esse reforçam a imagem de que parte da classe política ainda atua sob a lógica da conveniência. A dúvida que fica é: até quando os eleitores vão aceitar esse jogo de espera, onde interesses pessoais parecem estar acima de compromissos firmes com Pernambuco e sua população?



