Segundo MPPE, investigação apura existência de esquema de fraude de licitações e contratos administrativos, desvio de recursos e lavagem de dinheiro.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco/MPPE) e a 29ª promotoria de Justiça Criminal da capital deflagraram, nesta quinta-feira (14), uma operação que investiga uma quadrilha suspeita de desviar recursos públicos que deveriam ser empregados em recuperação e manutenção predial.
Em Pernambuco, segundo o Ministério Público, a prefeitura do Recife realizou contratações de mais de R$ 100 milhões com o grupo suspeito. A investigação apura a existência de um esquema de fraude de licitações e contratos administrativos, desvio de recursos e lavagem de dinheiro.
De acordo com o Gaeco, o grupo agia com uma estratégia de adesão a atas de registro de preços entre empresas de Minas Gerais e Pernambuco. O esquema envolvia os sócios das empresas, uma possível participação de servidores públicos e outros agentes encarregados pela fiscalização de obras e serviços de engenharia no Recife.
Os nomes das empresas não foram informados porque, segundo o grupo de atuação, as investigações estão acontecendo em sigilo e “visam esclarecer os fatos, punir os agentes que cometeram crimes e recuperar o dinheiro desviado”.
A operação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão no Recife e Paulista, além de cidades de Minas Gerais e no Maranhão. Os Gaecos dos outros estados envolvidos também apoiaram a operação.
O que diz a prefeitura
Em nota, a prefeitura do Recife disse que “as contratações seguiram rigorosamente o que é previsto em lei e foram feitas por adesão à ata de registro de preços”.
“Antes de qualquer apuração, a prefeitura procurou o Ministério Público e disponibilizou as informações sobre os contratos em questão. A prefeitura afirmou, ainda, que está à disposição para prestar qualquer esclarecimento”, diz um trecho da nota.