A prefeita de Camutanga, Talita Cardozo Fonseca (MDB), conhecida como Talita de Doda, está no centro de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O órgão acusa a gestora de nomear ao menos 16 parentes de vereadores para cargos comissionados ou temporários sem processo seletivo, o que configura, segundo o MPPE, prática de nepotismo cruzado.
A ação, que tramita desde 2023 no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), aponta que a prefeita manteve essas nomeações mesmo após recomendação do MPPE para a exoneração. Em agosto de 2024, a Justiça de Timbaúba concedeu liminar determinando a saída dos servidores, mas a decisão foi revertida em março de 2025 por instância superior, permitindo que os nomeados permaneçam nos cargos enquanto o caso segue em análise.
Em sua defesa, Talita nega qualquer irregularidade e sustenta que as contratações atendem ao interesse público.
Os nomes mencionados pelo Ministério Público incluem quatro parentes do vereador Jessé de Pontes (PV), sete do vereador José Fernando Nascimento (PV), dois do vereador Antônio da Venda (PV), além de uma cunhada de Karlos Marone (PV), uma filha da vereadora Lúcia Aparecida (PV) e um sobrinho da secretária municipal de Saúde. Todos os parlamentares citados foram reeleitos nas eleições municipais de 2024.
O processo segue em tramitação, sem previsão de julgamento final.



