Na política, vencer é mais do que conquistar votos — é saber como reagir diante de um jogo bruto. E foi exatamente essa postura que marcou a estratégia vitoriosa do grupo liderado por João Campos, Raul Henry, Paulo Roberto e Adriana Vasconcelos, que conseguiram, juntos, desestabilizar o poder da máquina e virar o jogo com inteligência, serenidade e foco no futuro.
Durante a campanha, o grupo enfrentou uma série de ataques diretos, especialmente contra Raul Henry. Diferentemente do que se esperava, eles optaram por não revidar. Raul, alvo preferencial de críticas e insinuações, manteve o silêncio e não cedeu à provocação. Essa escolha não foi fraqueza, mas estratégia: ao se calar, ele honrou a história e a figura de Jarbas Vasconcelos, de quem é herdeiro político e admirador confesso. O gesto foi lido como respeito e compostura por eleitores atentos à ética e à tradição.
Enquanto isso, João Campos crescia. Em meio ao embate velado com a governadora Raquel Lyra, o prefeito do Recife demonstrou popularidade crescente, mas, mais do que isso, solidez e projeto de futuro. Sua imagem ficou atrelada à confiança e à liderança responsável — características que o posicionam como um nome cada vez mais forte para 2026.
De outro lado, nos bastidores, correligionários relataram movimentos do Palácio para cooptar apoios, oferecendo benefícios a aliados em troca de fidelidade, e sugerindo ameaças veladas àqueles que resistissem. A postura foi notada — e rejeitada — por muitos eleitores, que perceberam no grupo de João e Raul uma alternativa mais coerente, madura e independente.
Adriana Vasconcelos, por sua vez, foi um dos pilares da virada. Com serenidade, firmeza e discurso equilibrado, conseguiu representar uma liderança confiável, que não se deixou intimidar nem desviou do propósito.
Ao final, o resultado foi claro: derrotaram a máquina e, com ela, a narrativa que se tentou impor ao longo de toda a campanha. Venceram com postura, inteligência e leitura precisa do sentimento popular.



